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O que é: Keynesianismo

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Tempo médio de leitura: 3 minutos.

O Keynesianismo é uma teoria econômica que foi desenvolvida pelo economista britânico John Maynard Keynes durante a primeira metade do século XX. Essa teoria se tornou uma das mais influentes no campo da economia, especialmente após a Grande Depressão de 1929, e continua a ser discutida e aplicada até os dias de hoje. Neste glossário, vamos explorar em detalhes o que é o Keynesianismo, seus principais conceitos e como eles se aplicam na economia atual.

Origens e Contexto Histórico

O Keynesianismo surgiu como uma resposta à crise econômica que assolou o mundo na década de 1930, conhecida como a Grande Depressão. Nesse período, os Estados Unidos e outros países enfrentaram altas taxas de desemprego, queda na produção industrial e uma profunda recessão econômica. As teorias econômicas predominantes até então, baseadas no liberalismo clássico, não conseguiam explicar ou propor soluções para essa crise.


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John Maynard Keynes, um dos principais economistas da época, propôs uma nova abordagem econômica que enfatizava o papel do Estado na regulação da economia. Ele argumentava que o mercado livre, por si só, não era capaz de se autorregular e garantir o pleno emprego e o crescimento econômico. Em vez disso, Keynes defendia a intervenção governamental por meio de políticas fiscais e monetárias para estimular a demanda agregada e impulsionar a economia.

Principais Conceitos do Keynesianismo

Um dos principais conceitos do Keynesianismo é a ideia de que a demanda agregada é o principal motor da economia. Segundo Keynes, a demanda agregada é composta pelo consumo das famílias, pelos investimentos das empresas e pelos gastos do governo. Quando a demanda agregada é insuficiente, a economia entra em recessão e o desemprego aumenta. Para combater essa situação, Keynes propôs que o governo aumentasse seus gastos e reduzisse impostos, estimulando assim a demanda e impulsionando a economia.

Outro conceito importante do Keynesianismo é a propensão marginal a consumir. Segundo Keynes, as famílias tendem a gastar uma parte de sua renda e a poupar o restante. A propensão marginal a consumir é a proporção da renda que as famílias gastam em consumo. Keynes argumentava que, em períodos de crise econômica, as famílias tendem a poupar mais e gastar menos, o que reduz ainda mais a demanda agregada. Para reverter essa situação, o governo deve aumentar seus gastos e incentivar o consumo.

Políticas Keynesianas

Com base em seus conceitos, Keynes propôs uma série de políticas econômicas para combater a recessão e promover o crescimento econômico. Uma das principais políticas é a política fiscal expansionista, que consiste em aumentar os gastos do governo e/ou reduzir impostos para estimular a demanda agregada. Essa política visa aumentar os investimentos públicos, gerar empregos e impulsionar a economia.

Além da política fiscal expansionista, Keynes também defendia a política monetária expansionista. Essa política consiste em reduzir as taxas de juros e aumentar a oferta de dinheiro na economia, o que estimula os investimentos das empresas e o consumo das famílias. Através da manipulação da taxa de juros e da oferta monetária, o governo pode influenciar a demanda agregada e controlar a inflação.

Críticas e Controvérsias

O Keynesianismo tem sido alvo de críticas e controvérsias ao longo dos anos. Uma das principais críticas é a de que as políticas keynesianas podem levar a um aumento da dívida pública e à inflação. Os críticos argumentam que os gastos do governo e a expansão monetária podem gerar desequilíbrios econômicos e criar uma dependência do Estado. Além disso, alguns economistas argumentam que as políticas keynesianas podem levar a distorções no mercado e interferir na alocação eficiente dos recursos.

Outra crítica comum ao Keynesianismo é a de que ele não leva em consideração os efeitos de longo prazo das políticas econômicas. Os críticos argumentam que as políticas keynesianas podem gerar um crescimento artificial e insustentável, levando a crises econômicas futuras. Além disso, alguns economistas argumentam que o Keynesianismo não leva em consideração as diferenças entre os setores da economia e as especificidades de cada país, o que pode limitar sua aplicabilidade em diferentes contextos.

Aplicação Atual do Keynesianismo

Apesar das críticas, o Keynesianismo continua a ser discutido e aplicado na economia atual. Muitos governos ao redor do mundo utilizam políticas keynesianas para combater crises econômicas e estimular o crescimento. Durante a crise financeira de 2008, por exemplo, vários países adotaram medidas keynesianas, como a redução de impostos e o aumento dos gastos públicos, para evitar uma recessão ainda mais profunda.

Além disso, o Keynesianismo também influenciou outras teorias econômicas, como a economia pós-keynesiana e a nova economia keynesiana. Essas teorias buscam aprimorar e adaptar os conceitos do Keynesianismo às novas realidades econômicas, levando em consideração as mudanças no mercado e nas políticas governamentais.

Conclusão

O Keynesianismo é uma teoria econômica que propõe a intervenção governamental na economia para estimular a demanda agregada e combater crises econômicas. Seus principais conceitos, como a importância da demanda agregada e a propensão marginal a consumir, continuam a ser discutidos e aplicados na economia atual. Apesar das críticas e controvérsias, o Keynesianismo ainda exerce uma influência significativa no campo da economia e continua a ser uma ferramenta importante para a formulação de políticas econômicas.

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Irland Araujo

Profissional de TI, começou como Programador em seguida Analista de Sistemas. Como empresário, além de atuar na área de Segurança da Informação, participou da comercialização pioneira de acesso à Internet no Brasil em 1995. Autodidata, criou o site glossariofinanceiro.com para ajudar iniciantes a melhorar sua situação financeira, conectando sua paixão pela mente humana às finanças.

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